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2.9.04

A saga (5)

Francisco Louçã, segundo o DN, terá dito isto, enquanto estava dentro do barco holandês:
«Examinámos o Borndiep e não encontrámos nenhuma ameaça para a segurança nacional nem para a saúde pública. Não há nenhuma epidemia a bordo. Desejamos entrar em águas nacionais.»
O problema de Louçã não estar certificado para garantir nada do que disse é, bem vistas as coisas, dispiciendo. Toda a gente sabe que é verdade o que ele disse, mesmo sem garantias certificadas. O problema é outro: tesão de mijo em alto mar. Foi lá, entesoou-se, disse aquilo, desafiou. A seguir tinha, forçosamente, de entrar pelo nosso mar adentro. O resto via-se depois.

Não se desafia para, depois, levar falta de comparência. Está certo, tinha lá Odete Santos e, sobretudo, a ávida e enjoada Jamila. Pois bem: não é desculpa para a incoerência.

Não entendem? Desculpem lá, assim, como ele fez, é que ninguém entende: nestas circunstâncias, na circunstância de Louçã, quem deseja entrar, entra. Numa luta de desejos, expressá-los apenas é muito pouco. Entrava e logo se via. Afinal, Louçã pediu autorização para concretizar um desejo. Não lha deram. Nem lhe responderam, pelos vistos. E ele mais não terá feito que retirar daí as suas conclusões, que nos comunicará quando entender, sempre com a mesma expressão de dama ofendida e impotente. Tesões de mijo.
Entrava, mil raios, ou nem sequer falava nisso.

Para o resto, vão lendo a Lolita. Tem andado lúcida, como de costume.

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