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30.9.04

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António de Sousa, o outro administrador da CGD que saiu quando Mira Amaral foi demitido, fez questão de divulgar que saiu de mãos vazias, sem reforma e sem quaisquer indemnizações (foi ele que, uns tempos antes, pediu a exoneração). Tudo isto é, evidentemente, imaculado. Só não se entende porque é que alguém tão sem máculas precisa de se mostrar em público para provar que não as tem: afinal, ninguém falou dele. Uma hipótese possível seria a de que algum inimigo de Mira Amaral o tenha convencido a enterrá-lo ainda mais. Bem sei, isto é difamatório; mas, no plano da lógica, todas as hipóteses são legítimas - desde que lógicas.

Na verdade, eu só falei nisto como pretexto para dizer que não me agrada que as pessoas apregoem as suas próprias virtudes, como se não percebessem que a verdade dessas virtudes se banaliza nos panfletos e que só existe no bem, discreto, que se pratica.

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