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3.7.04

Brandos costumes

Como não sei ver bem filmes, não posso chorar Marlon Brando com autoridade lacrimal. Nem com sinceridade fungona. É um alívio, até, de certa forma. Pode-se brincar com coisas sérias? OK.
Claro que o tipo, agora, já tinha 80 anos e estava gordo como um frasco de óleo Fula. Mas a gente sabe que, mesmo assim, ainda há mulheres novas e perfeitamente apetecíveis que insistem em comparar-nos a todos com o tipo da camisola interior. Há-as, rapazida, elas andam aí, a olhar para nós desejando que tivéssemos lodo e dominássemos o cais! Ora escutem-nas!
De facto, agora que ele morreu, já se pode dizer isto: o tipo era, de facto, bonito. Em novo, evidentemente. Agora estava velhote, mas isso não é relevante. Por exemplo: o Sean Penn ainda é relativamente novo e não incomoda ninguém; pior que isso, em mais novo ainda incomodava menos. Vive para aí, Sean, e lava-te.

Por falar em Sean, o Sean Connery, noutro estilo, também é incomodativo como era o Brando. Há aí meninas nas 4 primeiras décadas de vida que o babavam todo, se pudessem. Não se mata o homem, evidentemente, mas é detestável este estado de coisas. Quando uma mulher apetecível, sem ser uma pita parva, ou uma fêmea daquelas que a gente percebe que necessita renovação dos meios ópticos transparentes (leia-se "ser operada às cataratas"), quando uma mulher a sério diz, diletante, que "o Sean é muito interessante", sabemos perfeitamente que não está a falar do tipo franzino que dava cargas de porrada na Madonna e anda a fazer de sofredor histérico: é do outro, do escocês.

Isto não é preocupante mas é lixado. Não é?

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