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26.4.04

O poder do cachecol

Hoje voltei a ir ao estádio azul indigo, para ver o Porto - Alverca. Durante uns minutos depois de o jogo ter começado senti que faltava ali alguma coisa a que estava habituada: os comentários. Os benditos comentários que, para quem acompanha os jogos nas televisões e não conhece os jogadores, são indispensáveis. Um pequeno mas gentil espectador lá me foi fazendo o relato, de forma efusiva o suficiente para permitir que eu, algum tempo depois, já ajudasse. Faltavam-me, também, as repetições dos lances, que descobri, afinal, existirem. Bastava olhar para cima, onde uns televisores encastrados na bancada de imprensa mostravam a transmissão na RTP1. No final da primeira parte, já mais orientada, brindei com champanhe a vitória do Porto. Perdi o golo, porque entretanto fui comer. Na segunda parte, o Derlei entrou no relvado com uma estrondosa salva de palmas que eu também acompanhei e foi autor de dois remates que só não resultaram por uma unha negra. Devo acrescentar que o Ricardo Carvalho é um jovem corajoso, interventivo, multifacetado. Até eu percebi que ele tem garra de jogador-vedeta. Os portistas acorreram em peso ao estádio e festejaram, com calor genuíno, o vigésimo título do Futebol Clube do Porto. Com muito barulho - demasiado barulho -, caras sorridentes e cachecóis orgulhosos. Falo de vitórias merecidas, as que merecem fartas comemorações.

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