blog caliente.

29.3.04

Pontos finais

Eu já sabia. E até já lhe tinha dito. À Lolita. Que há gente que só consegue rir-se das suas próprias piadas. Sobretudo se as suas laboriosas graçolas forem feitas à custa da "desconstrução forçada" dos outros.

Mesmo sem razão nenhuma, que toda a gente aqui percebeu que a Lolita tem razão nessa questão de lana caprina da terminologia forense, você quer pontuar a discussão de vez absoluta, vilacondense. Afinfa-lhe ponto final. Mas você domina pouco satisfatoriamente o verbo, a pontuação e a arte de saltar. É um salta-pocinhas. Num momento, você salta da brincadeira para a seriedade, sem aviso. E, ainda por cima, é você (o salta-pocinhas) que define (enfado, quem és tu?) o momento de saltar! Já tínhamos percebido isso, aqui, numa conversa com o LR, do defunto e redefinido Mata-mouros. Rapidamente nos foi dito (a mim, no caso) que "aquilo era um blogue sério com momentos raros de acolhimento a inoportunos, e não brinquem connosco que a gente é séria!". Mas ele foi elegante, sabe? Fez uma pirueta e saiu, foi à vida dele e eu fiquei na minha, não chegou a chamar-me "pata ao léu", nem eu tive motivos para lhe chamar snob, assim de caras. Chama-se a isto (e a outras coisas) respeito, honestidade intelectual. Ou nem se chama nada, foi assim.

Agora, você tem uma vida muito sua. E isso é bom. Mas, aparentemente, está sempre de saltos altos, calçados em pés chatos de copista. Não é o que você é, desculpe lá? Um excelente copista, com iluminuras made in google? Muito "li isto e isto e acho bem, li isto e isto e acho mal"?

Eu já sabia disso e avisei-a. À Lolita. Ela entendeu que não, que era só impressão minha. Faz ela bem em não ligar aos meus avisos, sabe? As mulheres não se querem avisadas, querem-se mulheres. Em qualquer idade.

Você ponha os pontos finais que quiser, vilacondense. A Lolita nem sequer cá pode vir agora dizer-lhe nada, está para fora. Nem sequer pode vir deixar-lhe um grande travessão... depois de mudar de linha! Ao menos, você punha um ponto final decente: se não nos queria ler, não lia. Não nos vinha era com "medos de ir aos comentários" - aqui não gostamos disso, é logo no sítio de cada um, para só ler quem quiser, já lhe dissemos, você esqueceu-se, homem! E não nos falava de megafones, que nós gostamos de falar com naturalidades vocais. Nem isto aqui é a revista da imprensa aos berros, amigo vilacondense. É menos que isso, visto por si, é mais que isso visto por nós. Olhe, é o que é.

E, se conseguir, não seja chocarreiro, reserve os azeites para batatas cozidas e boas postas de bacalhau: não deixe de perguntar a idade a uma senhora para, depois, usar isso como mote para aforismos parolos. Há gatas (o aforismo foi seu) que não querem, simplesmente, as suas festas.

A Lolita não me encomendou nada disto, garanto-lhe. Provavelmente até me vai ralhar, você sabe como é, "apanhas-me fora e fazes logo desgraça!".
Como lhe disse está para fora, e já o mandou pastar abundantemente, logo que percebeu (sozinha) que você vem sempre em bicos de pés, de cima para baixo, em equilíbrios difíceis. Acredite se quiser e tire as conclusões que conseguir tirar. Se a tanto se sentir obrigado. Mas experimente chamar "querida" e "incorrigível" à Bomba Inteligente(*), sim? É o que me parece mais indicado para si, visto daqui de baixo, donde você me parece ter do respeito uma noção quase feudal. Num instante você se descalçava, não era? Pois era. Fazendo, às tantas, a senhora erguer, ainda mais, as já de si empinadas narinas. Se calhar com adicional e justificada veemência!

(*) Pobre senhora, ela que me desculpe, mas com tantos copistas à perna, em ânsias de "liga-me lá, olha eu aqui!", ainda explode definitivamente, decompondo-se em miríades de pipis... e de tédio.

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