O cavaleiro da triste figura
Preso numa existência triste, monótona e sem sobressaltos, Alonso Quijano imaginou, um dia, que os livros lhe trariam paz. E então leu, e pensou sobre o que leu, interminantemente, durante dias, semanas, meses. Até que saiu de si. Tomou o título de D. Quijote de La Mancha, arranjou um "bueno cavallo" a que chamou Rocinante, um escudeiro que lhe foi fiel até à morte e uma Dulcineia a quem dedicou todas as energias e combates, mas que desgraçadamente nunca chegou a saber da admiração que D. Quijote lhe devotava. Viveu intensamente, lutando contra moinhos de vento, defendendo os fracos e ajudando os miseráveis. E percebeu tão bem o mundo que alcançou a paz, a paz que sempre tinha procurado, quando enlouqueceu.
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