blog caliente.

13.10.03

No limite

Às vezes, as pessoas deixam-se morrer aos poucos, quase deliberadamente. Ou, pelo menos, plenamente conscientes de como podiam sobreviver, na posse das soluções da sua própria ressurreição, que põem de lado. E vagueiam no doce embalo do precipício, que sabem estar próximo. No arrepio sedutor da negação da existência. Morrer é, sempre, um alívio, uma solução. Como um eterno sono reparador. Deve ser a isso que chamam paraíso. Eu imagino-o assim.

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