Em cinco linhas não consigo. E é velha.
Pôncio Patacas (PP) queria namorar moça virtuosa. Testou várias candidatas, com questão crucial: "Como se chama isto que aqui tenho?". Todas diziam aleivosias, terminadas em "iça" (como na marinharia) ou "alho" (como na culinária). Todas PP rejeitou. Um dia, Sónia respondeu-lhe "pénis". PP levou-a ao altar num ápice. Reparem que ápice não é aleivosia. E tiveram noites de delíquio. À quinta noite, PP sentiu-se vagamente libertino e repetiu a pergunta fatídica. "Que tenho eu aqui?". Sónia repetiu-se, virtuosa e científica. PP, que estava num estado de profunda inquietude e instalara a TV Cabo, insistiu com Sónia "que agora já podia dizer a palavra que, ele bem sabia, lhe apetecia. E que só por ser virtuosa evitava". "Mas que palavra?", intrigou-se Sónia.Aqui faço uma pausa, para decidir que vou utilizar a palavra pacheco. É um apelido, fica sempre bem, um apelido para designar um falo. É melhor que zezinho, ora. E já Miguel Esteves Cardoso disse isto, um dia. Podia ser sousa, pronto, mas fica assim.
"Que palavra, Sónia? Pacheco! Isto é um pacheco!"
"Desculpa, isso é um pénis, pacheco possui o primo Miguel, que até tem veias no lombo!".
Eu, hoje, definitivamente, desgracei-me. E a culpa é da mulher! Tinha alguma coisa que lá ir? Tinha?
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