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19.10.03

Ainda o Eurico, mais a Judite

Não o presbítero do grandioso Alexandre, mas o desembargador que hoje foi entrevistado pela Judite. A de Sousa. Reparei num pormenor curioso da entrevista que demonstra claramente como um entrevistado algo insensato (ou não, caso os recados sejam intencionais) pode ser encurralado por um entrevistador atento. Sucede que o entrevistado era algo insensato, mas a entrevistadora não estava atenta. É que a dada altura, o Eurico disse, embora subliminar e sibilinamente, estranhar que, a julgar pela Catalina Pestana, haja testemunhas com vontade de desistir de depor devido às recentes decisões judiciais de libertação de alguns arguidos. Falou da sua experiência como juiz em processos de natureza penal, referindo que as vítimas de crimes violentos nos processos em que participou mostravam sempre vontade de se confrontar com os agressores. O que ele queria dar a entender com isto era muito mais, julgo eu, do que aquilo que foi a deixa seguinte da Judite, que se limitou a perguntar-lhe uma coisa semelhante a isto: "defende então que as testemunhas devem ser ouvidas presencialmente perante os arguidos?"

Ou estava distraída ou lhe calaram a voz, como o pinto do Sérgio.

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