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18.6.08

um dia destes o Benfica vai começar a contratar titulares e depois quero ver

A Roménia, para ser uma equipa de jeito, precisava de não ter lá o Nicolita nem os Niculaes. E de ter um seleccionador que não se chamasse Piturca. Que não fosse o Piturca. Quem se lembra do Piturca a jogar à bola sabe que o Piturca era um ponta-de-lança fino, rápido, demolidor...
O caralho. Não, a sério, o Piturca era uma mistura do Pauleta e do Rui Águas, mas em piorado. E passava muitíssimas mais vezes "ao lado do jogo" do que os dois portugueses juntos, num dia de crise em que fossem ambos contemporâneos e tivéssemos de jogar em 4-4-2. Aliás, pior do que isso de jogarmos em 4-4-2 com o Pauleta e o Rui Águas, só se um dia tivéssemos de jogar em 4-2-3-1 com o Norton de Matos a fazer de 1 - e chegámos a jogar, parece-me, uma vez em Malta, íamos perdendo.
Isto, esta casta de gente como o Piturca, em pendurando as botas num sacrário autista na sala das traseiras e em se armando em treinador da bola, tende a formar equipas medrosas e merdosas e incapazes, constituídas por Nicolitas, Niculaes e Dicas. Que, depois, andam a empatar a vida dos outros. Uma equipa treinada pelo Piturca não teria lugar nem para Hagis nem Popescus, nem Petrescus, nem Monteanus. Por quê? Porque sabiam jogar à bola mas eram chatos, e isso aborrece Piturcas. Assim, os romenos escolhidos por Piturca conseguem coisas interessantes do ponto de vista do "melganço", isto é, chateiam franceses e italianos, ali sempre a jogarem à babugem e no picanço, isso fazem eles bem, e depois disso, quando uma pessoa decide "olha, vou antes ver o Holanda B - Roménia", arrepende-se. Por quê? É preciso explicar?
Porque o Holanda B dá-lhes - aos "Piturcas" - 65%-35% em posse de bola, afinfa-lhes um bailarico no entretanto - que até o Bouma parecia um virtuoso da bola, foda-se - e, já agora que estamos nisto, enfia-lhes dois secos.
E tudo isto nas fuças do Piturca.
E do Nicolita.
Que é o que mais me irrita.
Rimita.
Aproveito para recomendar o Nicolita ao Benfica. Este romeno-zíngaro tem a expressão facial - embora apenas em esforço - do Miccoli (versão Medeiros Ferreira), é talvez um pouco mais barato que o italiano, três centímetros mais alto do que ele - o que é bom para ir aos figos e para dar luta ao Luisão no treino específico - e, provavelmente, assegurará uma boa alternativa ao Carlos Martins: quando um estiver na bancada, estará o outro no banco, ambos naquela cena das éssémiésses, "é pá, o Quique é mêmo sacana, pá, não mete a gente a jegare, pá!".

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