Murphy, és tu?, donde teclas?
Aconteceu-me, hoje, um dia desportivo.Como peso noventa quilos e fumo, por dia, em cigarros, cerca de um terço dos quilos que tenho, o dia aconteceu-me sentado. Mas foi desportivo na mesma.
Aproveito para dizer que estou a tentar deixar de fumar, mas que ainda pergunto, nos restaurantes, se se pode. E que, quando não se pode, saio logo dali para fora. Li algures que também se come bem em casa, de maneira que não passo fomes grandiosas.
O dia começou à tarde. Com o Nadal.
Eu, do Federer, não falo. Não sei dizer o nome dele, hesito sempre entre o "ê" e o "ère", acho que é "ère", mas não sei, porque também já me disseram que o Troyes, aquele clube francês por onde eu sonho que passa o futuro - próximo -do Pontus Farnerud, é o "Truá". E não é.
Não faz mal, as dúvidas desfazem-se. Eu telefono ao tipo, um dia destes, "está?, daqui besugo, olá Rogê! Federê ou Federère? Sim? Ai sim? Olha, vai tu. Não me conheces? Nem eu a t.... está, Rogê? Rogê, estás aí?"
É Federère.
O Nadal enerva-me. Nem é o facto de jogar de corsários, aquilo é uma coisa de puta, mas pronto, com aquela cara o Nadal tinha de usar aquilo, ou aquilo ou uma saia travada. Nem sequer são as camisas, sem mangas, assim à gaja de Benidorm, que ele veste aquilo apenas para se ver melhor que tem uma atrofia na musculatura do braço direito que, embora eu não anseie levar um uppercut nas beiças daquele bracinho direito dele, é uma atrofia notória. Notem que uma atrofia não é um défice de desenvolvimento, "tout court": uma atrofia é sempre uma coisa comparada.
Não, aquilo enerva porque... Bom. Muda-se de linha e dá-se um espaço.
O Nadal é um putão. Se o Nadal fosse português era do Benfica. Mete nojo a maneira como gane quando bate nas bolas. Gane mesmo, parece uma tenista. Uma Mauresmo aciganada. É preciso um gajo gemer quando acerta numa bola amarela? Aquele gajo que se chamava Navratilova não gemia, e era bem giro, parecia a minha professora de Física no Liceu de Lamego, mas já aquela feia que levou com um canivete entre as omoplatas, a Seles, gemia, essa já gemia largueiro.
Esta final de hoje nem devia valer, aliás. Mas pronto, ganhou a gaja. Outra vez. A gaja gosta de pó de tijolo, que se lixe: uma trolha estilizada.
Depois foi a fórmula 1. Eu aqui gostei. Desde que percebi que há uma caterfada de gajos que "somos da Ferrari! Uau! ", em lugar de serem por um piloto qualquer (ou por uma pilota qualquer, eu aqui assumia, se fosse o caso), fico sempre bem disposto desde que a Ferrari perca. Um dia, um penedo baptizado disse-me que eu tinha era inveja, por não ter um Ferrari. É verdade. Não tenho um Ferrari. Não gosto daquela merda. É por isso que não tenho um. "Ah, e dinheiro, tens, é, besugo?", "também não, mas isso vem ao caso?, vamos aqui ter uma conversa estúpida por tu seres estúpido?, já disse que não gosto do carro, vamos descer a detalhes parvos só porque queres ganhar uma discussão? vai mamar, boi.".
Espero que o Kubica esteja melhor.
A seguir, ou entretanto, o Sporting foi a Vizela demonstrar que, embora tenha uma equipa de Futsal que parece uma adaptação do Charleroi feita pelo Jorge Gabriel e pela Fátima Lopes - e, ainda por cima, treinada por ambos -, vai ser campeão nacional. Daqui a dois anos. A Fundação Jorge Antunes vai ser em 2116. A Gulbenkian é em 2068. Maio.
Por fim, a selecção sub-21 de Portugal (acho que aquilo do sub é medido em centímetros, mas ia a comentar isto e depois pensei "olha a canalha, besugo!, tem tento!") empatou com a selecção A da Bélgica.
Estranhei não jogar o Carlos Martins, passei o jogo todo nesta estranheza, mas acho que ele, finalmente, já mede menos.
Ligaram-me a dizer que a Cândida morreu.
Foi no tie-break e estava tranquila.
4-7. Ou menos.
Foi quase renhido.
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