Pois foi, lola, cá estivemos hoje a falar sobre o Saddam, e tu a praticares artes marciais, ou lá o que era...
Quando um grupo de homens fortes, ou um grupo forte de homens - o que é diferente, embora nenhum dos membros dum grupo assim esteja para pensar nisto - encurrala um homem só, pode fazer-lhe o que quiser.Pode deitá-lo ao chão com facilidade e dar-lhe pontapés na cara, pode cuspir-lhe coisas amareladas, pode dar-lhe chicotadas pelo corpo todo, pode violar-lhe (*) a irmã, a mãe, a filha ou a mulher e obrigá-lo a assistir, pode obrigá-lo a ajoelhar-se e a pedir perdão, pode tudo.
E pode não fazer nada disso.
Pode, até, não o matar.
(*) Eu sei que o "- lhe" pode estar ali a mais, ao menos do ponto de vista da estrita violação, sei muito bem que quando se viola seja quem for quem fica violado é o violado, mas não é sobre isso que estou a falar. Estou a falar, só, sobre o poder. E do seu exercício, essa ginástica que muscula cada vez menos o carácter dos que se inscrevem no ginásio. Por alguma coisa se inscreveram, eu sei.
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