blog caliente.

25.4.06

Olha o lísbio!

Mete língua, já se sabe. O que é banal. Em Lisboa não sei, mas deve ser banal, também.
Aliás, só um lisboeta para dizer "french kissin'". Pelos mesmos motivos que diria, eventualmente, "j 'voudrais être enculé en Angleterre". Não sei, é uma suposição.

O autor deste blogue afirma que "as comemorações de vitória do F.C. Porto são das coisas mais rascas e abjectas que passam na televisão". O autor deste blogue teve, visto à lupa do seu texto, um momento imbecil. Provavelmente raro. Vejo, todos os dias, na televisão, inúmeras coisas mais rascas do que essa. Isto para falar, apenas, das coisas abjectas portuguesas. Passam-se por todo o país, é verdade, mas a maior parte delas ocorre e decorre naquilo a que ele chama "Grande Lisboa". Onde, pelos vistos, ele dorme, se alimenta e, em não sendo um daqueles tipos de tripa obstruída por fecalomas secos, abundantemente defecará.

Aliás, esta expressão, "Grande Lisboa", faz-me supor que existem, simultaneamente (ou de forma intermitente, o que me parece mais natural), uma "Pequena Lisboa" e, mesmo, uma "Lisboa mais ou menos medianazita".

A lolita prefere o Porto. Eu entendo-a. É de lá.
Eu, por exemplo, prefiro o norte quase todo. Prefiro, mesmo, o Minho, que é verde e húmido, às securas amarelosas do Alentejo e ao sotaque parvo das tias de Cascais. Acresce que a maior parte das pessoas pouco asseadas e muito psicóticas que já conheci são de Lisboa. Ou de perto.

Mas não é disso que se trata. Trata-se, aqui, que um tipo qualquer, que teve um instante bacoco, acha que os festejos portistas são uma lástima abjecta.
Eu sei o meu latim e afirmo o seguinte, fodido que ainda estou com o penalty forjado do Ibson e a roubalheira (eu acho que foi uma roubalheira, da mesma forma que já disse que não jogámos a ponta dum corno, ontem) de que fomos alvo: "abjecto" é um objecto nojento. Isto, enfim, a propósito de nada. De facto, esta foi metida a martelo, mas eu não escrevo em nenhum jornal e tenho alma de tanoeiro, essa coisa de cascos de carvalho, naus e pipas.

Os adeptos portistas que foram focados na televisão, etilizados, a ajavardar, ridículos, são os equivalentes etilizados (e tão javardos e ridículos como eles) dos sportinguistas, benfiquistas e belenenses (ah! pois é! a gente não os vê festejar nada, aos de Belém, porque andam sempre sem motivo alternativo para a tristeza, mas em se etilizando, um dia, caramba!, duvidam?) quando toca a rejubilar à base de trotil. Duvidam mesmo? Tontos. É geral, isto! Nos imbecis, claro. Mas há mais imbecis em Lisboa, porque é Grande! Disse o tipo. Que é Grande.

O país é demasiado pequeno, contudo, para termos de suportar meninos em momentos super-estrogénicos a parti-lo, a dividi-lo, num textozinho um bocadito merdoso, por "cores" e por civilização subjectiva.

Aliás, para terminar de forma desarmante e apaziguadora: French kissin', sobretudo grafado com apóstrofe em vez do "g" final, é um nome perfeitamente paneleiro e, alternativamente, azeiteiro; para um blogue, para um cão e, mesmo, para um dildo médio.
Era mais lindo se fosse "linguado". Sem espinhas.

View blog authority