trantuzumab (em adjuvante)
Valeu a pena estar fora. Para já, fui ameçado de despedimento. Isso mobiliza. Por outro lado, conviver de perto com Kathleen Pritchard e di Leo (enfim, não foi "de perto", foi "ao perto") é uma experiência boa.A sessão de ontem era para terminar às seis menos um quarto e prolongou-se para além das sete. Foi bom. Devia ser proibido haver congressos sem "workshops". Geralmente, nos congressos, as perguntas que se fazem aos palestrantes são estudadas. São do género "pega lá, embrulha, e agora diz ainda bem que me perguntas isso!".
Ontem, para o fim, porque escasseou gente e aquilo se transformou numa espécie de "jam session", Kathleen já era Kathy, di Leo foi sempre di Leo (há nomes que não se abreviam), e as questões eram mais cálidas, mais confortáveis, embora pudesse parecer que não. A sério, podia ter dado para o torto, que o intimismo, se estivermos diante de falsários, é desagradável.
O certo é que Kathleen e di Leo não são falsários. Tratam doentes e estudam muito. Estudam-se muito. Mas, fundamentalmente, o que é raro nestas coisas, tratam doentes; e calhou serem estes a virem cá, calhou muito bem. E foi por esta coisa quase ao calhas, por este "hasard", de terem vindo estes em lugar de outros quaisquer, que perguntas básicas do tipo "como é que trata uma doente com cancro da mama de risco intermédio se tiver menos de três gânglios positivos?" obtiveram respostas e suscitaram contra-respostas que nos fizeram sentir, a todos, aos poucos que ficámos até quase ao fim, ao menos naquele momento, que éramos pares.
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