Laias
Hoje pediram-me poucos minutos do meu tempo para me comunicarem o que tinham andado a fazer em dias anteriores. Tinham de me comunicar isso, por motivos que se prendem com antecedências que agora não interessam. Aqui há uns dias, a mesma coisa; um único denominador comum, em forma de gente.Eu escutei, atento e silencioso, ambas as vezes. Levantei, apenas, uma ou duas questões pequenas, percebendo logo , pelas respostas que obtive (rápidas, a fugir, aquela coisa de "tem de se ver isso..."), que tudo aquilo não passava duma encenação de ávidos que querem parecer empenhados noutra coisa sem ser a sua saciedade. Eu entendo isto. Não creio em pecados, embora saiba que os haverá sempre e que não serão, nunca, pecados: antes gulazinhas. E que, tendendo nós todos a ser gulosos, há quem diga logo que vem aos bolos e há quem meta os docinhos na bolsa, disfarçadamente, para parecer que está de dieta.
Sabem aquelas expressões de vago contentamento, só no fundo dos olhinhos, que os malignos escondem (cuidam que escondem) quando pensam que estão a um pequeno passo de nos tramar? Devem saber, toda a gente passa por isso, volta e meia. Pois bem, é precisamente essa centelha de emboscada que os trai.
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