blog caliente.

9.1.06

O frio encolhe e arrefece

Pueril é como se fosse coisa de puérpera viril. Encaixo. Na parte da barba dura.

Eu conto. Ouve, lolita.
Sairam-me de casa, todos, e deixaram-me aqui. Fui-me entretendo a ler sobre cancro do pénis (não, eu não tenho um, há quem tenha; ok, que eu saiba não tenho! ou por outra, tenho, mas lá ia eu outra vez, tenho mas não tenho, também não tenho inveja, se não me agarro tombo, cala-te besugo!), esse órgão vulnerável.

Eis que se escuta uma buzina e me parece que ressoa com urgências de regresso. Saí, chave na mão, para aberturas. Cerrei as portas da casa para impedir solturas de cadelas.

Não era comigo, não vi sequer ninguém. Sei que fiquei ao relento, meia-hora, à espera do que também não veio: as chaves estavam todas por dentro.

Comunico à blogosfera este facto decisivo: não existe porta, actualmente, entre a garagem e o lugar aconchegado que me acolhe neste momento. O meu amor próprio, já de si mais próprio do que amor, está pequenito.

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