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8.1.06

Uma breve resenha sobre uma resenha breve

Deve ser feita uma breve resenha sobre várias pequenas coisas, agora. Por quê agora? Bom, isso não sei dizer. Digamos que isto é um projecto de trolha (obrigado pelas boas festas, aka, desculpe o atraso!).

Vamos começar pelo futebol, depois abordaremos Manuel Maria Carrilho, a seguir afloraremos aquele rabo que faz de Amélia no filme "Amor de Perdição / O Crime do Padre Amaro / Vamos fazer diferente e o resto que se lixe". Por fim, falaremos de Maria Filomena Mónica, de Alexandre Herculano e de Francisco José Viegas. De Eça de Queirós não falaremos aqui, ao menos hoje, porque estamos indispostos. Ao ponto de nos referirmos a nós na primeira pessoa do plural, o que, em não sendo nós provenientes do Brasil e filiados na seita "Jesus me ama", isto dito com-pas-sa-da-men-te, vírgula, só pode traduzir isto mesmo: uma tremenda e gastro-enterítica (e, por conseguinte, inflamatória) indisposição. Depois, já se sabe: há as vias. Ou havia-as, exactamente, tracinho as; às vias. Hoje estamos mais plurais que de costume, o que nos faz cientes de saber da verborreia, enfim, o suficiente. Desculpem, os suficientes. Está bem: desculpem os suficientes.

O futebol bom o futebol é isto falar depressa sem vírgula nem pontos finais como o outro senhor que nasceu num sítio e não pára de falar nele como se quisesse nascer lá outra vez o Antunes vamos a dez pontos e se me dissessem a meio da primeira volta que estaríamos a dez pontos do primeiro classificado no fim da primeira volta eu dizia só a dez pontos? e portanto acho que o futebol nem vai mal comparado com o que podia ir e a malta recupera ou não que a malta depende.

Manuel Maria Carrilho: era só para desejar uma excelente Páscoa, palavra. Muitas felicidades para o programa.

O rabo é uma coisa bem feita, por fora. Por dentro é mais escuro e húmido, pode até ter veias engurgitadas. Mas por fora está bem. Um rabo bonito é bonito, a dar a dar. Eu tenho uma cadelinha que se chama Nala (é o nome da namorada do Simba, do Rei Leão) que também dá ao rabo e é interessante observá-la nessa prosódia. Sim, que ela tagarela. Acresce que, quando eu lhe digo "faz, faz, faz!", ela põe-se nas patas de trás a dar às patas da frente. Fui eu que a treinei, mas nunca consegui treinar nenhuma mulher a fazer isto. Também nunca dei pedaços de fiambre a mulher nenhuma. São lacunas. As mulheres são muito difíceis de treinar assim, donde se depreende que é preciso fazer diferente. Até aqui estou a cumprir razoavelmente o meu programa de hoje, eu falei ali em cima de "fazer diferente", cá está, mas agora tenho de falar daquele tipo que tem um nome que rima com alecrim, que é o Francisco, sem ser o Balsemim, da SIC. Eu vim para aqui escrever isto, de esguicho, depois de assitir à felação mais aprimorada mais macia, mais vergonhosamente orgulhosa, feita humida e humildemente, por Herman José, esse alemão baixo e marinheiro. Ao menos em directo.

Maria Filomena Mónica / Alexandre Herculano / Francisco José Viegas. Bom. São escritores. Li mais de seis livros de Herculano, li dois de Mónica (estou a acabar aquele que dizem que é muito mau, o "BI", e não acho nada que seja assim excrementário, mas paciência, quem diz que é mau sabe mais que eu, li nos blogs e nos jornais que é mau, há-de ser. Não li nada sobre o Francisco José Viegas, nenhuma crítica, aliás nunca li nenhuma crítica ao Francisco, mas li um livro dele: Equador. Que não é dele, mas pronto, podia ser, é sabido que os gajos do FCP são dados a intitular as obras com nomes cagões, quando não são círculos máximos são figuras geométricas em meio líquido: relembro aqui o excelso "Vértice da Água", de Jesualdo Ferreira (ok, eu sei que é do Octávio Machado, pronto, ou dum assim). Gosto mais do Herculano, embora isto possa parecer necrófilo, cuido que já morreu e que era austero, até porque nunca foi visto em programas televisivos geridos (é geridos, agora, não é?) por tipos de bóina. Ou por tipas de bóina. Sim, não sei se estava lá, também, a rititi. Isto é atacável, até porque no tempo do Herculano não havia televisão. Se havia, era no Algarve, em Vale do Lobo. Cá não havia.

Até aqui, tudo bem. Não se falou, mesmo, de Eça. Está bem, colocou-se Maria Filomena Mónica num patamar que irrita quem sabe mesmo destas coisas, mas a mim ninguém me liga, não faz mal. Eu digo que é um bom livro, mas que sei eu de livros, de palavras, mesmo de artes marciais? Artes marciais são as artes de Março e estamos em Janeiro, lê-se Janeiro", não se lê "Janâiro", pois, isso, hei-de ser eu que não sei ler, nem de artes nenhumas. Estou fora de tempo, em contratempo, que arrelia.

Penso poder acabar. Que achas, Saula? Que sim? Bora.
Quem é a Saula? Bom, isso é outra conversa. Lembro-vos apenas que São Paulo, antes de se santificar à força, mais ou menos como Fernando, o Infante Santo (aquele que era irmão do Infante de Sagres mas que não lhe deu para o hóquei em patins) foi cego e se chamava Saulo. O São Paulo. O Infante Santo acho que foi um erro de "casting", até no nome.

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