Sobre falares
A propósito duma ferroada do Guarda-Factos, que já tem uma quinzena mas mantém actualidade, gostava de dizer que nunca me passou pela cabeça que as pessoas de Lisboa levassem a sério uma caricatura que, bem vistas as coisas, nem sequer é com elas. Refiro-me à questão dos sotaques. Há sotaques (o micaelense, tão bonito, é totalmente diferente dos sotaques das restantes ilhas, já que falou nos Açores, onde vivi um ano) e há "afectações-chic", ou "pseudo-chic", que não são sotaques. Eu fico enervado é com estas, sobretudo, embora os nervos não me adiantem grande coisa. Estas é que traduzem menoridade, não acha? Os meus nervos também? Admito perfeitamente, paciência.De qualquer forma, é por isso que me atrevo a pedir ao Guarda-Factos que leia este pequeno bocadinho de prosa que escrevi em Julho, numa altura em que o sol me brilhava mais do que, seguramente, me brilha hoje. Era sobre dialectos.
Embora eu possa ter rabiscado (e devo ter rabiscado, admito perfeitamente que sim, olha logo eu) coisas mais acintosas sobre o assunto, coisas mais "de cloaca" - também me acontece, sim... - o que eu gostava que retivesse do que penso sobre sotaques e afectações (que o que sempre me enervou, lá está, foram estas e não aqueles) é o que lhe relembro agora. Com estima e porque me parece importante que isto fique claro.
Nota de besugo: eu, quando falo do Beto, não conta. Pode ser?
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