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17.6.05

Pedido

Para acabar com o obituário recente, mantendo-me nos estritos limites do respeito que qualquer obituário me merece, refiro-me a Eugénio de Andrade para dizer o seguinte, às tantas por não saber dizer mais nada:

1 - Tive sempre a execrável tendência para considerar a poesia despida e um bocadinho estéril, quase seca, quando não se faz vestir de música.
2 - No entanto, cedo admiti, à força de levar na cabeça a este respeito, que esta minha execrável tendência não deixará de ser isso mesmo, com toda a certeza: execrável.
3 - Mesmo assim, feita a penitência, será que alguém me poderia enviar, nem que fosse por e-mail, por lutador de sumo (é uma possibilidade, é uma possibilidade), mesmo por favor, um "wmp" (é assim?), um qualquer coisa que desse aqui, no meu computador, daquela bela canção em que a Simone diz o belíssimo "Adeus"?

É que não tenho. E agradecia.

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