Blogame mucho: No final, levou um presunto de Chaves.

1.5.05

No final, levou um presunto de Chaves.

Simpatiza-se mais com Ribeiro e Castro do que se simpatizava com Paulo Portas. Ninguém o imagina, como se imaginava Portas, a manifestar enojada irritação pelo cheiro a peixe nas lotas. Não porque pareça civicamente mais dotado, mas simplesmente porque parece menos devotado. Não tem viço, não tem brilho. Encolhe os ombros enquanto discursa - coisa nunca vista em ninguém que se quisesse parecer, ao menos, com um futuro vencedor. Sem ambição, fala em objectivos humildes: só em dois mil e nove é que a democracia cristã renascerá nas autarquias. E ainda vai falar com o amigo Campelo, o Limiano, para lhe salvar a face. Ainda vai falar, a ver se o convence. O CDS cada vez mais se parece com um acidente histórico, nascido do acaso do PREC e condenado a esvair-se lentamente no estertor da renúncia dos ambiciosos que, enquanto estavam em bicos de pés, se esforçavam por fazer parecer que tinham um partido e um eleitorado.