blog caliente.

16.5.05

Antes do festival vai isto

Não gosto de Sócrates. É um meias-tintas.
Não acredito nesta forma de viver embora viva, nela, bem. Mas não vivo sozinho.
A Europa não existe. Existe quando se joga o Campeonato da Europa, o holandês a querer ganhar ao francês, o português ao inglês. Ganha o grego, geralmente.
Quando há guerras, existe também a Europa: costuma ser a Europa, enfim, assim uma espécie de "divas" a pedir auxílio aos EU; e nós a dizer (como sempre dissemos e diremos) que não é connosco. Ora aí está, sejamos coerentes: o défice não é connosco. Assumamos isto. O Sócrates vai lá e diz, para pasmo de Zé Barroso: "Rapaziada, estamos a cagar-nos para o défice. Escravos da Europa é que não somos porque a Europa até já admite a Eslovénia, que é a terra do Zahovic, esse boi do Minho!"
Far-se-á um silêncio sepulcral, um silêncio reprovador de Europeus gordos e cagões. E Sócrates, se eu fosse a ele, diria: "Cagões? Caguei!". Guerra já! Às armas. Venha daí a GNR!
Sim, eu aqui recuperava Portas, esse desenganado!

A sério: as consequências más hão-de ser para os tipos dos jipes ("são uma espécie de tractores, tão a ver?"), os do turismo de habitação ("eu agora fiz obras pagas e tenho uma casa que parece um chalé e é só pra mim e pós meuzamigos") e para o povo que lavas no rio. Esse preocupa-me, mas vai deixar de me preocupar, que é mais antigo do que eu, que se amanhe e que opte entre ser uma Albânia digna (em mais bonito e forte, quase uma espécie de Noruega) ou uma Bélgica (em ainda mais feio, uma espécie de moiraria liberal, de chinela estilizada).

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