Pedras
Numa pedra pode escrever-se aquilo que quisermos.
Debaixo daquela pedra cinzenta de xisto está, há um mês, numa caixinha, o Stuart. Era um ratinho que, quando morreu, os meus filhos choraram. Choraram-no como toda a gente chora. Como sempre choramos tudo o que perdemos: com lágrimas divididas pela perda propriamente dita e pela falta que nos faz quem perdemos.
Há sempre um bocadinho de egoísmo em cada choro, porque choramos sempre um bocadinho por nós, quando choramos os outros.
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