O corporativismo
Parece mesmo a dança das cadeiras. Primeiro o
Bastonário Júdice, sacudindo a água do capote e apontando o dedo às magistraturas. Veio então o
Senhor Conselheiro defender-se, lembrando o alargamento dos prazos para a prática de actos processuais pelas partes. Portanto, apontando o dedo aos advogados. Agora o dedo enristado dos advogados há-de voltar-se para os funcionários judiciais, como
sugere o CL dos
Mata Mouros. E os funcionários judiciais hão-de ripostar e apontar a mira, talvez, aos advogados. A morosidade da justiça causa um enorme desconforto a todos e faz, por isso, transparecer todos os vícios corporativistas. Como bem (ou mal?) disse o Júdice, sacudindo a água do capote. Tudo isto é muito divertido, sobretudo por ser mera e inconclusiva retórica.
<< Home