Aos Sábados, esta cronista espanta-me quase sempre.
Estou segura de que este
artigo não preconiza nem defende nenhum sistema filosófico ideologicamente superior, auto-proclamado defensor dos direitos e liberdades, por contraponto ao crescente fundamentalismo islâmico que, ainda por cima, se vem entranhando na Europa e perturbando a nossa desenvolvida civilização ocidental. Nem que a senhora que o escreveu, que condena o anti-semitismo, se opõe à autodeterminação dos povos. Ela só não gosta é do Arafat. Nem sequer quer que nós compreendamos as excelentes intenções do George W., ou dos lobbies judeus, nossos valentes e desafogados defensores contra o Eixo do Mal (?). Mas a senhora,
in the spur of the moment, distraiu-se e esqueceu-se de disfarçar o desgosto que lhe causa que tantos islâmicos vivam na Europa e atribui a casuísticos exemplos de radicalismo islâmico a futurologia negra da insegurança que, cada vez mais, sentirão as nações europeias, as tais que defendem os direitos e liberdades, enquanto esses orgulhosos islâmicos teimarem em não aceitar caridosos subsídios para a reconstrução de mesquitas em que, no futuro, teriam de rezar ao Allah em francês. Entretanto, no Iraque, os americanos preparam-se para se pôr ao fresco, ai que trabalheira danada dão aqueles resistentes. O último a sair que feche a porta e que trate de tirar as burqas às iraquianas, para que estas se sintam europeias e sejam felizes para sempre.
<< Home