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16.1.06

Não eram notas soltas; mais pareciam as Valquírias.

Quanto a propaganda subliminar, Mário Soares não tem qualquer razão de queixa. Nenhum outro candidato dispõe de um comentador da actualidade política que ponha ao serviço de uma candidatura a sua astúcia sibilina, quase imperceptível, quase a parecer distanciada isenção. Parte, claro, de evidências cândidas: a pulverização dos candidatos da esquerda não só não capta eleitorado a Cavaco Silva como o beneficia. E Manuel Alegre, esse, já vai tarde para tentar bipolarizar. Partindo da premissa (que dá como assente) de que não haverá segunda volta, o que António Vitorino, assumindo o rosto do desespero da causa perdida, quis hoje dizer com aquele discurso especialmente polido foi isto: "Todos com Soares (já que, tal como gostaríamos, os outros candidatos não desistem) contra o cavaquismo."

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