O caminho da felicidade
Sartre (fica sempre bem começar uma posta com uma referência filosófica) acreditava mais nas intenções do que nas causas, no que respeita a comportamentos. Borrifou-se na psicanálise e afirmou que, se Deus não existe, então o único e verdadeiro sentido da vida humana reside na liberdade de fazer escolhas. Quando, disse, alguém se diz condicionado por escolhas alheias, foge à sua própria liberdade de decidir e usa de má-fé.A história posterior, porém, encarregou-se de afastar o existencialismo do caminho para o bem-estar e retomou a firme certeza psicanalítica de que há comportamentos que não têm explicação consciente. Eu, por exemplo, escrevi ontem "irreprensível" em vez de "irrepreensível" por duas vezes. Sei lá porquê. Uma gralha só acontece uma vez.
O besugo é, conforme se vê aqui em baixo, um existencialista. Toma a seu cargo o mau feitio que lhe é inato e confessa-o, até, publicamente. Há-de piorar, suponho, à medida que se aproxime o derby na churrasqueira da Luz. E prefere fazer jejum a comer coiratos nas roulottes. Escolhe, visivel e determinadamente. Eu subscrevo. Quem escolhe e sabe que escolheu o que quer, aguenta qualquer jejum, se não for bafejado com a abundância.
E viva o FCP.
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