blog caliente.

19.1.04

Ver televisão

Pois é. Depois de quase um ano, e a pretexto da visita de familiares "jovencitas" (eu fazia o itálico, mas num sei) que queriam ver a Operação Triunfo, a TV lá saiu do quarto dos brinquedos e foi para a sala. Uns dias depois, e porque todas as manhãs dão no canal Panda uns desenhos animados que TÊM que ser vistos (eu fazia o bold, mas num sei), a caixinha mágica ainda lá estava. E assim desisti, transportando para a sala também a PS2. Foi o sinal da minha rendição.

Não total, note-se: o computador ficou onde estava e nele tenho jogado (ou voltei a jogar) com mais frequência o "Panzer General". Ainda ontem estive a fazer de Rommel em EL Alamein e, ao contrário do que a história reza, até derrotei o Montgomery.

Mas não posso estar sempre assim, e viver os serões domésticos em sistemática separação de écran e de facto. De forma que, garantida a supremacia da Wermacht no norte de África, e depois de saber que me tinha sido confiado como "prémio" um comando na Frente Leste, desliguei o computador, peguei no meu copo e no meu tabaco, retornei à sala e conformei-me a ver TV. No caso, nem foi mau, porque estava a dar "A Quadratura do Círculo", ou seja, o ex-Flashback.

Não ser mau não é necessariamente bom. Vi serem sumariamente debatidos três temas: O livro do Santana; os próximos desenvolvimentos do processo político-referendário-legislativo do aborto; o programa espacial anunciado pelo Bush.

O último dos temas não levantou polémica. Acham todos interessante, salientando o Lobo Xavier os efeitos colaterais benéficos de aceleração do desenvolvimento científico e tecnológico do dito programa espacial.

O livro do Santana permitiu ao Pacheco Pereira descarregar um pouco mais da sua bílis sobre o colega de partido, dizendo que o mesmo se apropriava da obra do Estado em benefício próprio. Um sofista, aquele barbudo ... gostava de conhecer um político que reivindique obra feita, nessa qualidade, com o seu próprio dinheiro.

O processo político-etc. do aborto serviu fundamentalmente para picardias políticas entre o José Magalhães e os outros dois. Nada de novo.

Enfim, não tenho perdido grande coisa nestes meses ...

M.I.R.N. - Aderindo à moda do post scriptum com siglas divertidas, aproveito para acrescentar que vi um filme (DVD da "Visão" de há umas semanas) chamado "Sob Suspeita". Com dois dos meus actores favoritos (no caso, o Gene Hackman e o Morgan Freeman). Interpretações magistrais e um filme muito bem feito. Recomendo.

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