A calma do fim
O meu amigo idoso que, aqui há uns tempos, recusou amputar a perna esquerda morreu hoje. Estava estranhamente calmo, no fim, depois de dois dias de agitação. É o corpo a lutar contra si próprio que, no fim, se cansa.A minha tristeza está muito diluída na certeza que sempre tive do desfecho e da justeza da decisão dele, na altura em que a tomou.
Vai a enterrar com as duas pernas. Pode parecer que isto é o menos. Mas não é.
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