Foi você que pediu isto para Presidente?
Acho bem que Manuel Alegre não centre o seu discurso político (nem um único pensamento, sequer) no "contentinho de Boliqueime". Aprovo integralmente a sua decisão.
Manuel Alegre que faça, então, o que achar melhor.
Eu já disse o que tinha a dizer e farei conforme sei, também. Depois de sexta feira.
No entanto, como conheço muitos portugueses e sei que, em grande parte, ou são parecidos com aquilo que ali está em cima, ou, alternativamente, almejam (gosto do verbo almejar, lembra-me logo de lhes introduzir uma almejália pela alma adentro!) babar-se debaixo daquilo que ali está, trato eu de lembrar às hostes o Tino que agora aí se perfila, todo ele dentes e olhinhos baixos, como regedor.
E anda com sorte, que podia ter-lhe pespegado um emblema do Porto entre os dentes da frente. Cabia lá...
Dedico-lhe um poemeto. Uma especie de "decângulo" que Cavaco escreveria, se soubesse. E se se visse ao espelho.
"Eu, que de mim sei que nada sei,
não é que saiba mais do que o que digo.
Mas sei, por não saber sequer um "cibo"
daquilo que apregoo como um rei,
que basta afivelar este sorriso
de dentes separados, de indeciso
que finge ser talhado para a grei,
para fazer soltar de cus doentes
os flatos imbecis e indecentes
que vos farão cismar, de mim, que sei".
"Esta luz fica acesa". É uma frase de Fernando Tordo, caso não saibam. Cantada por ele fica mais bonita. E fica acesa, para o que for preciso durante qualquer noite.
Ó Manuel Alegre: trate você, então, do resto, que eu faço o trabalhinho sujo. Ensinaram-me a sujar as mãos quando é preciso e a lavá-las muito bem depois.
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