O problema da perspicácia
Não me apetece discutir a tradição de Monsaraz. Acreditam nisto?Podem acreditar: estou a marimbar-me para o que façam ao touro e, ainda mais, para a tradição.
Acredito que se pode discutir tudo, que se deve questionar tudo, mas também acredito que há um tempo para tudo, até para as discussões. Cada uma em seu tempo, senão não concluímos nada. Passamos a vida a identificar problemas, identificamos muitos. Mas como somos todos mais ou menos iguais neste particular da "identificação de problemas", cada vez que um se levanta e diz "eu vejo aqui este problema!", levanta-se outro e profere "ah! mas este, que é parecido, tu não vês!". E não resolvemos nenhum.
Resolvemos um, apenas, que é o nosso problema básico, quando discutimos seja o que for: é o problema do "quilhei-o, com esta, viste?".
Fraca solução. Fraco soluto, forte solvente, ou ao contrário, como quiserem: basta um deles ser fraco que o resultado ( a solução) acabará por cheirar abundantemente mal, sobretudo ao sol.
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