Dignidade
Tudo isto é patético: que o PS não reconheça o desgaste que provocou a si próprio desde o início do caso Paulo Pedroso. Que não reconheça a sua incapacidade para manipular o que quer que seja, até, e sobretudo, a opinião pública. Que se desdobre em explicações bacocas e pretensamente dignas. Que sublime a contestação velada no seu seio, dos históricos ávidos de poder à espera do melhor momento para "salvar" o partido do esmagamento. Teve azar, desmérito, azelhice, saloice, seja o que for, a gerir toda a novela pedrosiana. E as escutas não
podiam ser divulgadas, mas
foram-no. Mas aceite o PS este facto incontestável e irreversível e extraia disso a única conclusão possível: ninguém imagina um líder da oposição, com aspirações a formar futuramente governo e a chefiá-lo, num país europeu, democrático e ligeiramente desenvolvido (pelo menos de acordo com os critérios da UNESCO) que, um dia, chamou "merdas" aos juízes numa conversa privada que, sem que ele pudesse evitar, caiu nas bocas do povo que o elege(ria).
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