blog caliente.

6.2.04

"É bem..."

Existe, hoje, uma "nova direita" que submergiu, historicamente, de duas décadas em que, complexados com os efeitos "precianos" que ainda perduravam, os partidos de direita se disfarçavam de partidos do centro e, em alguns casos, de centro-esquerda. Duas décadas em que os militantes e simpatizantes direitistas se sentiam envergonhados por militarem ou simpatizarem com tais ideologias que, até a eles, lhes causava algum embaraço. Hoje não. Hoje quem é de direita afirma-se com frontalidade, com orgulho. Exalta as virtudes de Salazar e dita, de forma bem pronunciada, provocações quase fóbicas sobre o comunismo. Passou a ser "bem" imitar a frontalidade "bem posta na vida" dos Pires de Lima e dos Portas do exemplo maior da direita portuguesa, e há, até, um feliz espécime surgido deste fenómeno aqui mesmo, na blogosfera. Menor, porém, nas sondagens: parece que até o BE tem mais intenções de voto do que os míseros 2% a que o PP se reduziu.

O Alonso não é assim, porém. O Alonso é pessoa para, no meio daquele sincretismo todo, confundir comunistas com dirigentes desportivos, imaginar a Elsa Raposo com umas botas da tropa ou desculpar, cheio de tolerância, as bananices do Soares no processo de descolonização.

Para o Alonso aparecer aqui assim, cheio de pica, das duas uma:

1. Ou, imaginando-se Rommell, conquistou não só o Norte de África como a África toda, incluindo a Ilha de Bazaruto;
2. Ou estará - hipótese mais provável - atacado de uma fortíssima TPM.

Em todo o caso, que fique sossegado. Escreva ele as aleivosias que quiser, terá sempre em mim (em nós, se o Besugo e o Paco concordarem) um ombro amigo e tolerante. E, nesse caso, terá três ombros amigos. Avante, camarada Alonso!

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